abaixo das estrelas...
ponho me a imaginar...
onde estará meu amor...
impetuoso destino...
que roubou de minha alma...
a razão de viver...
sem esse brilho nos olhos...
que faz meu coração...
ao vento me inclinar...
ao ouvir sua voz brotando...
em meus lábios...
um sorriso espontâneo...
em gratidão...
de contemplar sua face...
serena e doce...
a me olhar...
Quando a brisa da noite...
sobre mim se debruça...
vagarosamente desliza...
entre as curvas do meu corpo...
já cansado pelos dias turbados...
e cheio de precisão...
busco o descanso nos braços da solidão...
que me acompanha sempre...
ao entardecer da tarde...
os olhos do tempo me contemplam...
como se soubesse o que minha mente não sabe...
os caminhos percorridos pelas entranhas das noites...
um tanto frio...um tanto conturbado...
um pouco calma... entrelaçadas do destino...
as ruas sem vida geladas...
como um corpo abandonado...
pela mentira da realidade...
a tua alma me provoca... sem saberes que em mim...
há um pouco do você...
que toda noite ao banhar da escuridão...
procuro pelos braços da saudade...
em busca de algum fragmento...
desse amor...
sem ao menos um suspiro seu...
eu morreria sem exitar...
a brisa suave de toda noite me revela...
os sentimentos guardados no profundo coração...
Deus...
tenho tentando dar o melhor de mim...
Mas acho que ainda tem sido pouco...
Queria ser lembrada...
como alguém que fez a diferença nesse mundo...
Deus...
só quero um pouco de paz...
nesse meu coração que vive angustiado...
E nas muitas vezes nem sei o porque...
Deus eu peço que me ajude a viver...
Porque não está dando para lutar nessa guerra...
Deus não me abandone...
porque sem ti não sei viver...
Cai uma folha da arvore...
Numa fração de segundos
Viajo nos meus sonhos...
Procuro por você...
que sempre está em minha mente...
encontro em seus olhos...
à esperança desfalecendo...
como um doce que se derrete aos poucos na boca...
mas se torna num sabor amargo que não pode sentir...
foi assim seu olhar...
feito flecha morteiro...
no silencio de uma noite escura...
você me acertou sem piedade...
ou misericórdia arrancou de mim...
a única coisa que me fazia ficar de pé...
a esperança de ter você...
Perdoa me anjo da noite...
que vieste me consolar...
da desgraça que acontece...
entre os muros que dividem...
a paz da guerra...
perdoa me anjo da noite...
por não querer neste momento...
ser levado por ti...
o destino me largou sozinha...
no meio desse imenso deserto...
mas me deixou lutar pela vida
do outro lado do muro...
anjo da noite...
viste meu desespero...
tiveste compaixão da minha carne...
sangrenta e dolorida pela guerra...
que luto e é pela paz que continuo nela...
ando devagar...
hoje...
de cabeça baixa...
fui buscar...
razoes para o meu desespero...
que me sondas...
nas madrugadas de calor...
quase insuportável...
as palavras se bloqueiam...
em minha boca...
num tumulto demasiado...
e confuso...
entre a mente e o coração...
meu tempo é curto...
e tão longo ao mesmo instante...
viajei em noites sombrias...
sem medo do nada...
e medo de tudo...
que me levava...
para longe de você...
e nada que me fizesse desistir...
daquilo que poderia chamar de...
minha felicidade...
Enquanto houver...
um suspiro em minhas narinas...
ainda terei a esperança...
de poder amar... enquanto houver...
luz nos meus olhos...
ainda terei esperança...
de poder ver... a paz reinar sobre nós...
enquanto houver... sons em meus ouvidos...
ainda terei esperança... de poder ouvir...
os suspiros de vitória... enquanto houver...
palavras em meus lábios...
ainda terei esperança... de poder falar...
do amor de DEUS... sobre nós...
enquanto houver...
movimentos em meus braços...
não existirá...
carência nos olhos de uma criança...
enquanto houver...
forças em minhas pernas...
e sustentação em meus pés...
ainda terei esperança...
de correr para seus braços...
enquanto houver...fôlego de vida em mim...
enquanto houver... um coração batendo...
dentro do meu peito...
ainda terei esperança...
de esse amor sobreviver...
