Foi numa tarde de verão...
Ou numa manha de frio...
Não sei, apenas senti seu coração...
Que para mim se abriu...
Sonhos de amor...
Em mim tanta dor...
Almas gêmeas...
Se reencontrando entre as vidas...
Vidas essas acabadas...
Nos caminhos errados percorridos...
Cansados... desanimados...
Mas vivos...
Procuro as palavras..
Que tão facilmente saiam...
Porém agora parecem...
Fugir de mim...
Não sei como escrever...
Esses sonhos de amor...
Levaria a vida toda...
E não encontraria as palavras...
O que dizer...
Como dizer...
O medo me consome...
O tempo me desperta...
A vida...
Há vida!
Que caminhos traçou para nós...
Não sei...
Espero meu destino...
Impacientemente que me mostre...
O caminho que devo seguir...
até você...
Ou que traga você até a mim...
Pela circunstancias do tempo...
Tempo eterno esperarei...
Impacientemente você...

Quando fecho meus olhos...

Vem-me a lembrança...

Todo meu passado...

Momentos felizes...

Alguns tristes...

Momentos de fraqueza...

Outros de incertezas...

Amores vividos...

Lições aprendidas...

Às vezes fracassos...

Outras vitórias...

Mas tudo se tornou aprendizagem...

Quando abro meus olhos...

Imagino o futuro...

Isso me assusta...

Quais serão as dificuldades...

Os momentos de felicidades...

E aqueles que traremos no pensamento...

Não sei o que dizer...

Cada dia me levanto...

Com a ideia que tudo pode acontecer...

A qualquer momento...

Porque essa é a vida...

Estamos em constante escolha...

Seja ela boa ou ruim...

Determinamos nosso destino...

Determinamos nossa hora...

Nossa vida...

Nossa felicidade...

Nosso amor...

Estamos em constante aprendizagem...

Estou sufocando... 

Caminhando para um abismo sem fim...

Olho em minha volta... 

E apenas vejo o centro da minha própria dor...

Estou no inferno... 

No qual eu não posso sair...

Sem rumo... 

Sem destino... 

Mil pensamentos surgem em minha mente...

A dor angustiante da minha alma...

Sufoca meu peito estreitando meus olhos...

Num lago de lágrimas sem fim...

Suspiro profundamente... 

Soluço sem me conformar...

Busco respostas das quais...

 Nem as perguntas eu sei...

Viajo o mundo inteiro...

 Mas quando olho para dentro de mim...

Vejo um abismo sem fim...

No espelho o brilho dos meus olhos...

Refletidos pelas lágrimas que caem...

Ao lembrar-me do seu rosto...

 A sua voz soa ao meu ouvido...

Relembrando a tranquilidade que trouxe...

 Embora tão pouco tempo...

Deixo me cair sobre a cama toda arrumada...

Tentando dissimular a falta que você me faz...

Eu via o melhor de você...

 Ainda que tentasse demonstrar o contrario...

Ao rever a lembrança do som de seu sorriso...

Por um instante te sinto aqui... 

Será que ainda pensa em mim...

Ou já nem se lembra mais... 

A esse pensamento volto à realidade...

E as lágrimas se rompem como um papel rasgado...

Lembro-me de suas palavras...

 De suas condições...

Você não me amava...

 Você nunca não me amou...

Você nunca poderá entender... 

Esse amor que sinto aqui dentro de mim...