Amo-te o bastante...

  Para não conter uma única palavra...

 Que expressa esse amor...

 Amo-te o bastante...

 Para que se fosse possível...

 Contar as gostas do oceano...

 Multiplicado pelos quilômetros...

 De terra no universo...

 Não seria suficiente...

 Para dizer o tamanho do meu amor...

  Amo-te o bastante...

 Para começar escrever...

 E me perder nessas mesmas...

 Pois não saberia dize ou escrever...

Sobre esse amor...

 Amo-te o bastante...

 Para dizer que te amo

Nos dias quentes de verão...

 E as noites frias de inverno...

 Abafo meu cansaço na cama...

 Que me espera tão solitária...

 Quanto a minha esfera...

 Em cada anoitecer...

 Ou em cada amanhecer...

 Busco a esperança de ver...

     Seu olhar em mim brotar...

Escrevo esta carta...

Amassada na sala...

Para aquela pessoa amada...

Que talvez em mim pensava...

E hoje não pensa mais...

Nesta carta falo de amor...

Onde não me trouxe dor...

Apenas lamento...

Um amor simples como criança...

Trouxe me a esperança...

De não ter mais sofrimento...

No meu rosto já abatido pelo tempo...

Demonstra as marcas deixadas nos momentos...

Vividos sem você...

A carta já amassada...

Mostra meu coração...

Que por sua causa...

Parou...

E agora o que faço...

Deixo este destino em pedaço...

Que me trouxe o fracasso...

Pois, meu amor já não tenho mais...

Houve um tempo...

Onde o tempo não existiu...

Quando as pessoas amavam verdadeiramente...

Quando o sol não era um problema...

Quando a lua encantava a noite...

E que as alegrias não viravam tristezas...

Houve um tempo...

Que o sorriso de uma criança...

Apagava qualquer mal entendido de um adulto...

Houve um tempo...

Que não se falava em guerra...

O país não tinha medo...

Houve um tempo...

Em que as lágrimas eram verdadeiras...

Houve um tempo...

Onde a amizade era cultivada...

Como rosas florescendo na primavera...

Houve um tempo...

Em que a chuva era um sinal de Deus...

Houve um tempo...

Em que se acreditavam uma nas outras...

Houve um tempo...

Que o amor era sagrado...

Houve um tempo...

Em que as pessoas tinham “um muito obrigado”

Esse tempo se chama passado...

Agora a um tempo onde tudo isso se perdeu...

E se chama presente...

Meu coração suspira pelo vazio...

Preenchido com a solidão...

Acompanhando meus dias e noites lado a lado...

Caminhos longos ou curtos...

Vivo sozinho e perdido nesse quarto...

Viajando em pensamentos...

Através de uma tela de computador...

Procurando por um amor...

Onde nunca pensei que poderia encontrar...

Mas o destino sabe o que faz...

Em alguns momentos pode falar...

Que meu amor estaria lá...

Para minha vida mudar...

Em uma sala de bate papo...

Encontrei você, o que eu faço...

Quando tanto te procurei...

Nunca pensei...

Que esse amor seria tão forte...

Entre eu e você...

Agora a distancia nos impede de amar...

Nossos corpos se atraem...

Nossos corações se unem...

Nossos pensamentos se entrelaçam...

Formando o ritual de amor...

Onde a regra se quebrou...

E apenas amar e amar é a regra...